Ao todo, são 3.823 recuperandas, de um total de 2,1 milhões de matrizes. Os dados são do Monitor RGF de Recuperação Judicial, desenvolvido pela consultoria RGF & Associados.
O setor líder em quantidade de processos é o de cana-de-açúcar. A cada mil companhias desse segmento, 38,6 estão em recuperação. Em seguida aparecem os setores de construção de rodovias, com 16,3 empresas a cada mil em atividade; de fabricação de calçados de couro, com 13; de transporte coletivo, com 12,5; e de cultivo de soja, com 12.
Com base em números divulgados pelo Ministério da Fazenda sobre todas as empresas em atividade no país, a plataforma mostra quantas estavam em recuperação ao fim de junho, independentemente de quando o processo teve início. Para isso, ela verifica a razão social — que passa a conter a expressão “em recuperação” sempre que a companhia enfrenta um processo do tipo.
O levantamento exclui os microempreendedores individuais (MEIs). Já entre as empresas de pequeno, médio e grande porte, é feita uma consolidação por matriz, já que uma companhia pode ter várias filiais. O monitor será atualizado a cada trimestre. As informações são do Valor Econômico.
Conforme a plataforma, o estado com o maior número de empresas que buscaram a Justiça para negociar com os credores é São Paulo, que registrou 1.198 — um terço do total do país. A maior parte das companhias está em território paulista (793.194).
Em uma comparação entre o número de processos de recuperação e o total de empresas em atividades, São Paulo fica com um índice de 1,51 para cada mil. Tal número é muito maior em outros estados e regiões.
No Centro-Oeste, por exemplo, são 3,12 a cada mil empresas ativas. Goiás se destaca com um índice de 5,34, enquanto Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ficam, respectivamente, com 3,42 e 1,06.
Já o Nordeste tem 2,36 empresas em recuperação a cada mil ativas. No Sul, são 2,15. Já o Sudeste conta com um índice de 1,44. A última colocação é da Região Norte, com 1,09.
Segundo dados da Serasa Experian, foram registrados, em todo o Brasil, 593 novos pedidos de recuperação judicial entre janeiro e junho deste ano. Dentre as companhias que precisaram recorrer ao Judiciário para renegociar com seus credores estão Americanas, Light, Oi e Grupo Petrópolis.